.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Su-35 entrará em serviço na Força Aérea Russa em 2011



Os caças multifuncionais Su-35 serão incorporados à Força Aérea Russa a partir de 2011, comunicou a companhia Sukhoi.
Os dois primeiros protótipos Su-35 já realizaram 87 voos com sucesso, desde julho de 2008, demonstrando a técnica superior da aeronave e suas características de combate. Outro protótipo deverá ser construído para aumentar os voos de testes a 150/160, em 2009.
O caça é dotado de dois motores 117S com empuxo vetorado, combinando alta manobrabilidade e capacidade de engajar múltiplos alvos simultâneamente. O radar Irbis-E phased array permite ao piloto rastrear até 30 alvos aéreos, engajando 8 alvos ao mesmo tempo.
O Su-35BM é equipado com um canhão de 30mm com 150 projéteis e pode levar até 8 toneladas de armamento em 12 pontos duros.
O caça é considerado de geração 4++, ou seja, é uma aeronave de quarta geração que utiliza algumas tecnologias de quinta geração. A Sukhoi pretende produzí-lo até 2020.






FONTE: RIA Novosti / COLABOROU: Baschera

Rússia quer exportar o Sukhoi Su-34



O presidente russo, Dmitri Medvedev, admitiu hoje que a Rússia gostaria de ampliar a geografia de vendas do Sukhoi Su-34, caça-bombardeiro de primeira linha com o qual pode familiarizar-se durante uma visita à base aérea de Kubinka, situada na periferia de Moscou.

“Nos interessa aumentar o alcance geográfico das nossas vendas“, declarou Medvedev numa entrevista para a televisão nacional da China. A Rússia, disse, gostaria de vender este avião “tanto aos vizinhos mais próximos como a outros países“.

Depois de voar num Su-34, no final de março passado, o governante russo confessou que teve uma impressão ”muito forte“, “fantástica“. “É uma máquina excelente, dócil e poderosa“, ressaltou.

O presidente explicou que desejava sentir-se na pele de um piloto militar e que é fascinante “ver o seu país num vôo rasante“.

O Su-34 é um avião criado apartir do Su-27 com autonomia de voo de 4.500km, altitude máxima de 17.000 metros. Pode destruir objetivos terrestres e de bavais a uma distância de até 250 Km. Leva incorporado um canhão de 30 mm e pode transportar externamente até oito toneladas de armamentos, em particular, mísseis de cruzeiro guiados X-59M, mísseis ar-superfície, ar-ar e bombas.



Fonte:Poder Aério

Venezuela gastará U$ 2,4 bi com Su-35



Já circulam informações sobre a provável nova frota de aviões de combate de origem russa da Venezuela. Segundo informações que vazaram da recente visita de Vladimir Putin a Caracas no início de maio, teria sido concretizada a compra de 24 aviões de combate Sukhoi Su-35.

Analistas do mercado mundial de armas sugerem que o preço de cada Su-35, de acordo com as armas que o acompanha, pode variar entre US$ 70 e US$ 100 milhões. De acordo com um comerciantes de armas, Moscou teria eliminado a sua política de descontos em vendas de equipamento militar, o que representaria uma despesa de US$ 2,4 bilhões.

O Su-35 é a versão mais moderna da família Su-27. O modelo ainda não está operacional em nenhuma força aérea do mundo, mas a Força Aérea Russa já solicitou a construção de 48 aparelhos.

FONTE: Edgar C. Otálvora/El Nuevo País

Mais Su-30MKI para a Índia





A Comissão do Gabinete de Segurança da Índia aprovou a compra de 42 caças Sukhoi-30 MKI adicionais, no valor de aproximadamente US$ 3,25 bilhões.

A aquisição dos novos caças vai aumentar a frota destes caças na IAF para 272 aeronaves. A primeira encomenda de Sukhois pela Índia ocorreu em 1996, com 50 aeronaves por US$ 1,46 bilhão.

No ano 2000, a Índía fez nova encomenda, desta vez 140 caças, para serem montados pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL). Depois, mais 40 aeronaves foram adicionadas.
No ano passada a HAL entregou 23 Su-30MKI e em 2010 pretende entregar 28.
Ela pretende entregar todos os SU-30 MKI até 2017.

FOTO: USAF

Comentário do editor:

Enquanto a Índia se arma juntamente com os demais emergentes, nós ficamos na mesma, ou seja com uma força militar de defesa e ataque sucateada e ineficiente em caso de ataques e agressões estrangeiras.

Super Hornets da RAAF: mais seis em julho




O Ministério da Defesa da Austrália informou, no último dia 25 de junho, que mais seis F/A-18F Super Hornets deverão ser trasladados dos Estados Unidos para a Base da RAAF (Força Aérea Real Australiana) de Amberley no início de julho. Um destacamento de pilotos e pessoal de manutenção do Esquadrão N.1 da RAAF está, no momento, realizando os testes de voo e familiarização com suas novas aeronaves, em preparação para a viagem a partir da Naval Air Station Lemoore, no Estado da Califórnia (EUA).

O programa inclui 96 horas de voos de teste e avaliação, além de duas semanas de voos de provas para Guerra Eletrônica. Além disso, os pilotos treinam o reabastecimento em voo das aeronares, tando de dia como de noite.

Com mais seis aeronaves somando-se às cinco que chegaram a Amberley em 26 de março, praticamente metade da dotação de 24 Super Hornets da RAAF será completada, o que permitirá atingir a próxima meta, que é a Capacidade Inicial de Operação (IOC – Initial Operating Capability), o que é esperado para o final de 2010. As últimas das 24 aeronaves deverão chegar à Austrália até o fim de 2011.

Colômbia fecha acordo para comprar 39 M1117



A Textron Marine and Land Systems de Nova Orleans recebeu um contrato de 20,9 milhões de dólares para fornecer 39 veículos sobre rodas 4×4 M1117 ICV para a Colômbia. No entanto, este valor é parcial, pois o Pentágono informou que o contrato global é de 45,6 milhões de dólares.

A versão ICV do M1117, que possui um chassi mais alongado, não é exatamente um ATC (Armored Troop Carrier), mas permite que o mesmo possa transportar cerca de oito combatentes. O M117 ICV está em uma categoria entre o Humvee blindado (4X4) e o Piranha III (8X8), sendo mais pesado que o primeiro e mais leve que o segundo. O valor do veículo também está em uma faixa intermediária de preço e, dependendo do equipamento, pode custar um milhão de dólares a unidade.

A Colômbia possui diversos BTR-80 e EE-11 Urutu que poderiam ser substituídos pelos M1117 ICV. No entanto, existem informações que dão conta de que a Colômbia estaria negociando a fabricação local do BTR-80 com a Rússia.

Bulgária, EUA e Iraque já possuem versões do M1117. A Colômbia seria o quarto cliente.

FOTO: Military today

Fonte: Forte/Poder terrestre

Engesa EE-T1 Osório



No início da década de 1980 a Brasil possuía duas empresas fortemente consolidadas na área de veículos militares: a Bernardini S.A. Indústria e Comércio e a Engesa Engenheiros Especializados S.A.

A Bernardini havia se especializado no repotenciamento e modernização de velhos carros de combate M-3A1 “Stuart” e M-41 Bulldog. Já a Engesa tornara-se uma conhecida fabricante de veículos militares sobre rodas. Ambas as empresas resolveram partir, independentemente, para o desenvolvimento de um carro de combate (“tanque”).

A Bernardini saiu na frente e optou por um veículo mais leve, na categoria “carro de combate médio”, com sistemas mais simples e dentro das especificações do Exército Brasileiro (EB). Já a Engesa tinha como principal alvo o mercado externo, principalmente aquele onde reinavam os MBT (Main Battle Tank).

As necessidades sauditas

A partir de 1972, a Arábia Saudita começou a receber sucessivos lotes de carros de combate AMX-30, fabricados na França. Em pouco tempo, o AMX-30 tornou-se o principal carro de combate do Exército Saudita.



O AMX-30 era um carro de combate de manutenção simples e custos baixos, quando comparado a outros veículos da mesma classe como, por exemplo, o Leopard 1 alemão.

Acontece que, ao longo da década de 1970, uma nova geração de MBT surgiu e muitos destes veículos novos começaram a entrar em atividade em países vizinhos ou próximos. Era o caso dos T-72 no Iraque e dos Merkava em Israel. Quando comparado a esses veículos, o AMX-30 possuía blindagem e poder de fogo inferiores. A Arábia Saudita temia perder a supremacia regional que havia adquirido (ver gráfico abaixo).

Dois AMX-30 franceses no deserto. O AMX-30 era o principal carro de combate da Arábia Saudita até o fim da década de 1980 (FOTO: US Army)
A Revolução Islâmica no Irã em 1979, e o início da Guerra Irã-Iraque em 1980, pressionaram a Arábia Saudita a incrementar seus gastos com defesa. Nesta época o reino saudita possuía perto de 450 carros de combate, quase todos do modelo AMX-30. Num primeiro momento a Arábia Saudita não pretendia substitui-los, mas sim complementá-los com um modelo de carro de combate mais moderno e equivalente ou superior aos existentes nos países próximos. No futuro, o novo carro de combate deveria também substituir o AMX-30.

Uma oportunidade para a Engesa

Executivos da Engesa, que já naquela época tinham bons relacionamentos com vários países árabes, viram na concorrência saudita uma oportunidade de ingressar no nicho dos carros de combate.

A ausência de experiência na área de veículos sobre lagartas e o comprometimento da equipe de projetos da Engesa com outros programas acabou levando a companhia a buscar uma parceria no exterior.



Contatos foram feitos com a Thyssen-Henschel, empresa alemã com larga experiência em blindados. A Thyssen-Henschel apresentou uma proposta com base em um carro denominado “Leopard 3” que era simplesmente uma derivação do TAM (Tanque Argentino Mediano).

Apesar do TAM argentino ser um blindado com excelentes qualidades, ele não era páreo para os MBT que participariam da concorrência na Arábia Saudita (FOTO: Wikipedia)
O TAM era um carro de combate adaptado, desenvolvido a partir do chassi do veículo de combate de infantaria Marder. O “Leopard 3” não teria a menor chance contra os principais carros de combate existentes no ocidente e que, por ventura, participassem da concorrência saudita. Portanto, a Engesa descartou qualquer associação com a Thyssen-Henschel.

Uma outra oportunidade, vinda da Alemanha, também surgiu na mesma época. A Porshe, tradicional projetista alemã de carros de combate, abriu negociações com a Engesa e aceitou desenvolver um veículo em conjunto, obedecendo aos parâmetros definidos pelos brasileiros. Porém, pouco tempo depois, o governo alemão desautorizou a Porshe a participar do projeto.

Entendimentos com a empresa sul-africana ARMSCOR também foram feitos. A Engesa estava especialmente interessada na produção da blindagem composta desenvolvida por aquela empresa. Mas, em função dos problemas políticos enfrentados pelo país africano devido à sua política de segregação racial, não houve uma aproximação maior.

Depois de algumas tentativas mal sucedidas na busca por um parceiro estrangeiro, a Engesa decidiu projetar por conta própria um carro de combate focado no mercado externo.

Desenvolvimento do Projeto



Para conquistar parte do mercado externo de carros de combate de primeira linha, a Engesa não poderia adotar rigorosamente os parâmetros estabelecidos pelo Exército Brasileiro. Um dos itens mais críticos dizia respeito ao limite do peso. Segundo o OBO (Objetivos Básicos Operacionais), o peso máximo não deveria superar 36 toneladas. Em relação às dimensões, as premissas do EB apontavam um limite de 3,20 metros de largura.

Maquete do Osório feita antes do primeiro protótipo ficar pronto. Grosso modo, as linhas básicas do projeto se mantiveram (FOTO: ENGESA)
Numa rápida comparação com os principais MBT do início da década de 1980 fica claro que esse limite estava muito aquém do desejado. Não era possível atender, ao mesmo tempo, os requisitos do Exército Brasileiro e competir com os principais carros de combate.

Ficou acordado com o EB que dois engenheiros militares do CTEx (Centro Tecnológico do Exército) acompanhariam o projeto do MBT brasileiro, uma vez que o carro da Engesa necessitava do aval do Exército para ser vendido.

O projeto do carro de combate da Engesa começou a tomar forma no segundo semestre de 1983. No início, três engenheiros foram incumbidos de desenvolver o projeto. Ele recebeu a designação EE-T1 e o nome “Osório”, uma justa homenagem ao Marechal Manoel Luis Osório, patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro. Porém o nome “Caxias” (patrono do Exército Brasileiro) também foi cogitado, mas os clientes estrageiros da Engesa teriam dificuldade em pronunciá-lo.

Imagem capturada da tela de um computador mostrando o projeto do Osório em CAD 3D (FOTO: ENGESA)
Ao contrário dos veículos anteriormente projetados, o futuro carro de combate da Engesa nasceu com o auxílio computacional de softwares tipo CAD/CAM (Computer-Assisted Design/Computer-Assisted Manufacturing), uma verdadeira revolução naquela época. De certa forma o emprego de softwares na fase de desenvolvimento ajudou a empresa brasileira a projetar o carro em curto tempo, uma vez que a própria empresa havia fixado o prazo de um ano para a conclusão do protótipo.



O desenho geral do EE-T1 era bastante convencional, obedecendo ao padrão dos principais MBT de sua época, com o motor e a transmissão na parte posterior do carro, uma tripulação composta por quatro elementos. A tripulação era separada do conjunto motor/transmissão por uma parede “corta fogo” e estrutural, com isolamento térmico-acústico.

Fonte: Forte/Força terrestre